Enap oferece assessoria gratuita para avaliação de políticas públicas. Inscrições até 3/10

Instituições públicas das três esferas de governo podem concorrer à Janela Avaliação, uma oportunidade de ter acesso, de forma 100% gratuita, ao serviço de assessoria para avaliação de políticas públicas fornecido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap). As inscrições já estão abertas e terminam no dia 3 de outubro. Serão oferecidas até quatro possibilidades de apoio integral: duas para análise anterior ou posterior à implementação da iniciativa (ex ante ou ex post) e duas para análise de impacto regulatório (edição, alteração ou revogação de atos normativos).

Podem participar quaisquer órgãos e entidades da administração pública direta ou indireta. As propostas serão avaliadas com base em critérios como pertinência da demanda e aderência à metodologia, maturidade e complexidade da política pública, potencial de geração de valor para a sociedade e  compromisso da instituição proponente e disponibilidade da equipe. As iniciativas pré-selecionadas serão divulgadas até 8 de outubro. As equipes proponentes serão então chamadas para entrevistas para apresentarem suas propostas de 11 a 15 de outubro. A divulgação das iniciativas selecionadas deverá acontecer em 15 de outubro.

“O objetivo é gerar insumos para decisões orientadas por critérios técnicos e baseados em evidências”, explica Diana Coutinho, Diretora de Altos Estudos da Enap. Segundo ela, a avaliação de políticas públicas é um componente essencial da gestão pública que gera informações sistemáticas para “planejar, desenhar, implementar, monitorar e promover a aprendizagem sobre políticas, programas ou projetos públicos”.

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Como funciona o serviço

Em seu formato original, a Assessoria para Avaliação ocorre sob demanda e se inicia com um primeiro contato entre o órgão solicitante e a equipe da Enap. Com base no debate do caso, a equipe da Escola elabora um plano de trabalho, que é colocado em prática por meio de oficinas virtuais, conduzidas por assessores especialistas em avaliação. A contratação dos profissionais que conduzem o processo fica a cargo da Escola e acontece por meio de repasse de recursos do órgão contratante.

No caso da chamada Janelas Avaliação, não envolverá custos e/ou repasses financeiros para as instituições. O processo de avaliação dura de quatro a seis meses, com dedicação média de quatro horas por semana, considerando atividades síncronas e assíncronas. Nesta edição 2021, o processo de avaliação acontecerá entre novembro de 2021 e abril de 2022, a depender dos casos concretos (com intervalo entre meados de dezembro e meados de janeiro de 2022).

No portfólio de projetos, o serviço já contabiliza atendimentos a instituições como a Secretaria-Geral da Presidência da República, Ministério da Economia, Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e Ministério do Desenvolvimento Regional. Também estão sendo apoiados os ciclos avaliativos do Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (Cmap). No caso do Cmap, por exemplo, a Enap apoia a elaboração do relatório de avaliação que é apresentado ao Comitê Interministerial de Governança (CIG), que analisa, aprova as recomendações e encaminha ao Congresso.

Fonte: Enap

Veredas e parceiros criam Coalizão Brasileira pelas Evidências para aprimorar políticas no país

Cerca de 40 instituições brasileiras que atuam na área das Políticas Informadas por Evidências (PIE) estiveram reunidas virtualmente na última quinta (08/04), na primeira reunião da Coalizão Brasileira pelas Evidências. O projeto é articulado pelo Instituto Veredas, Companhia de Planejamento do DF (Codeplan/DF), Evidências Express (Evex/Enap), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília e pela plataforma Evipnet Brasil. A ideia é unir as instituições para que uma rede de compartilhamento de saberes e práticas seja construída, fortalecendo a cultura do uso de evidências para políticas públicas e intervenções sociais.

A iniciativa é pioneira no Brasil, assemelhando-se a outras redes na área pelo mundo. Um primeiro mapeamento das organizações circulou em novembro de 2020, reunindo respostas de diferentes setores. O projeto tem “financiamento-semente”, como intitula a coalizão, do International Development Research Centre (IDRC), entidade vinculada ao governo canadense.

“Ao longo de 2021, vamos realizar webinários, chamadas públicas e criar uma plataforma para que tenhamos um grande repositório público que seja uma vitrine sobre evidências para gestores públicos, sociedade civil e pesquisadores”, explicou Laura Boeira, diretora do Veredas. Segundo ela, a sobreposição de esforços e a dificuldade em compartilhar diferentes métodos de Políticas Informadas por Evidências (PIE) podem isolar organizações que poderiam ter maior impacto se trabalhassem juntas. “Compartilhando nossos saberes, vamos fortalecer a cultura de evidências”, disse.


Troca de experiências

Durante a reunião, as instituições foram divididas em subgrupos para que apresentassem seus trabalhos e alinhassem entendimentos e desafios para a rede. Vahíd Shaikhzadeh Vahdat, diretor de projetos e articulação institucional do Veredas, após o debate em um dos grupos, afirmou que “a validade e a confiabilidade das evidências depende dos métodos usados. Precisamos acompanhar [as PIE] com olhar específico para cada lugar e contexto”. O diretor também afirmou que a CBE pretende fomentar um espaço de trocas de experiências que permitam o entendimento comum sobre métodos e protocolos da área.

Luciano Máximo, representante do Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados para o Brasil e a África Lusófona (FGV Clear), acredita que os próximos passos da CBE são uma janela de oportunidade para “sensibilizar lideranças na esfera governamental para obtermos mais espaço na área”. O próximo encontro deve ocorrer em maio, definindo um cronograma de atuação da rede, que almeja tornar-se uma referência nacional sobre o tema.

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