Veredas e Coalizão Brasileira pelas Evidências integram grupo na Comissão Global de Evidências, da McMaster University, no Canadá
A Comissão Global de Evidências para Enfrentamento aos Desafios Sociais, criada pela McMaster University, no Canadá, abriu debate online no dia 24 de janeiro, com o objetivo de apresentar o relatório de atuação da comissão, que visa melhorar o uso de evidências para enfrentamento aos desafios da sociedade a nível global. Para isso, reuniu representantes do Brasil, Canadá, China e Austrália na área das Políticas Informadas por Evidências (PIE). Laura Boeira, diretora do Instituto Veredas, foi uma das convidadas para debater o tema.
Desde o lançamento do relatório da comissão, em janeiro de 2022, o grupo concentrou seus esforços em três prioridades: formalizar e fortalecer os sistemas nacionais de apoio às evidências; aprimorar e alavancar a arquitetura global de evidências; e colocar as evidências no centro da vida cotidiana. O encontro foi também um espaço de compartilhamento do progresso das prioridades estabelecidas no ano passado, junto a um plano de ação para 2023.
Experiências da América Latina
Laura apresentou experiências positivas na América Latina, como o Hub de Evidências da América Latina e do Caribe, criado em 2022, com o objetivo de promover a conexão e a colaboração entre agentes interessados em políticas públicas informadas por evidências. O espaço é organizado por três instituições de países da região: o Veredas (Brasil), a Universidade de Antióquia (Colômbia) e o Ministério de Saúde do Chile, com apoio do Caribbean Centre for Health Systems Research and Development, um centro de pesquisa em saúde de Trinidad e Tobago.
Outra experiência positiva no processo de construção de sistema de suporte para o uso de evidências é a Coalizão Brasileira pelas Evidências. O espaço é uma rede que visa unir organizações brasileiras em uma comunidade de compartilhamento de saberes, práticas, apoio e oportunidades. A Coalizão teve financiamento-semente da Partnership for Evidence and Equity in Responsive Social Systems (PEERSS) e se encontra mensalmente.
“Nosso esforço maior é para engajar atores-chave da região [América Latina e Caribe] para que não haja duplicação de esforços e para que possamos garantir que as perguntas mais urgentes da gestão pública sejam respondidas com as melhores evidências disponíveis”, explicou Laura.
Regiões e países envolvidos
O webinar foi mediado por Jenn Thornhill Verma e Jeremy Grimshaw, membros da comissão canadense, abrindo discussões com Laura, recebida no evento como “líder de organização não governamental que trabalha para fortalecer os sistemas de apoio às Evidências na América Latina”.
Outros convidados, como Andrew Leigh (formulador de políticas governamentais da Austrália), Jinglin He (líder de organização não governamental da China), Julian Elliott (clínico e líder de pesquisa da Austrália) e Maureen Smith (líder cidadã do Canadá), bem como o membro do Conselho de Implementação Zac Munn (líder de pesquisa da Austrália) também compartilharam suas ideias.
Saiba mais: Rapid Evidence-Support Systems Assessment
O Veredas e a Coalizão Brasileira pelas Evidências compõem o Rapid Evidence-Support Systems Assessment (Ressa), um grupo que integra a Comissão Global de Evidências da McMaster University. O Ressa é um coletivo com representantes de 12 países que estão realizando mapeamentos dos sistemas de suporte ao uso de evidências nacionais. São realizados encontros regularmente para dividir aprendizados e tentar avançar na agenda de formalização e fortalecimento dos sistemas de suporte ao uso de evidências nacionais.
Veredas e Coalização Brasileira pelas Evidências qualificam cursistas para incorporarem evidências na gestão pública
O Instituto Veredas e a Coalizão Brasileira pelas Evidências estão promovendo o curso sobre Políticas Informadas por Evidências (PIE) para Equidade. Com a iniciativa, pioneira no Brasil, as instituições capacitam graduandos e recém-formados na incorporação de evidências para a tomada de decisões diante de problemas sociais.
No curso, que está na 2ª edição e conta com um público diversificado para as discussões e análises de evidências, as(os) participantes aprendem o que são as PIE e desenvolvem habilidades para aquisição, avaliação, adaptação e aplicação de evidências científicas na formulação e implementação de intervenções sociais.
Mundialmente, o uso das evidências científicas é apontado como fator-chave do planejamento, implementação, monitoramento e avaliação de políticas e programas sociais. Elas aumentam a confiabilidade das conclusões e apresentam aplicabilidade para diferentes contextos.
As evidências trazem efetividade, eficiência e transparência, além de reduzirem os gastos públicos e diminuírem as incertezas. A ideia é que os participantes do curso possam se desenvolver e entender o que é uma boa evidência, onde encontrá-la, como avaliar a qualidade das evidências e como as incorporá-las no processo de tomada de decisões na gestão pública e nas instituições em que atuam.
O desenvolvimento de um bom diagnóstico e boa investigação do problema, definindo quais são as subcausas, as diferentes dimensões e seus pontos críticos, são fundamentais para se elaborar uma síntese de evidências. A partir destas informações, que levam em consideração diferentes fatores, as(os) cursistas poderão qualificar programas e iniciativas em que estejam envolvidas(os).
“Com o curso, queremos duas coisas: que as instituições onde as pessoas trabalham tomem melhores decisões, entregando melhores serviços e produtos com mais valor para a sociedade brasileira; e qualificar o grupo de cursistas para que eles possam ser selecionados em processos seletivos do mundo do trabalho, aumentando a diversidade nessas organizações que usam evidências e que trabalham com políticas públicas”, afirma Davi Romão, vice-diretor executivo do Veredas, ao informar que a inclusão destes cursistas no mercado de trabalho atende ao princípio da equidade.
Equidade
Em maio, o Veredas e a Coalizão Brasileira pelas Evidências lançaram um edital para concessão de bolsas de estudos, para que pessoas de grupos sociais historicamente excluídos e mais vulnerabilizados pudessem participar do curso e conhecer os conceitos e ferramentas para promoção das Políticas Informadas por Evidências.
Segundo Davi, a área de PIE ainda reflete o racismo estrutural da sociedade brasileira, onde se tem uma sobreposição entre a clivagem de raça, de renda e escolaridade.
“Como a área de PIE requer um alto nível de escolaridade, em geral pessoas com mestrado e com formação em pesquisas, é uma área que acaba sendo predominantemente ocupada por pessoas do eixo Sul, Sudeste e um pouco do Centro-Oeste do país, onde em geral quem tem mais acesso à educação, dinheiro e oportunidades é a população branca. Ou seja, a área de PIE reflete esse mesmo tipo de clivagem social que temos em outras áreas profissionais que requerem alta escolaridade”, avalia, apontando que o curso também é uma forma de transformar essa realidade.
“É uma área majoritariamente branca. Esta disparidade foi o que motivou a realização desta segunda edição do curso. Nosso objetivo foi aumentar o número de pessoas jovens treinadas em PIE que pertençam a grupos sociais historicamente excluídos e mais vulneráveis”, completa Ingrid Abdala, gestora de projetos do Veredas.
O curso conta com 82 bolsistas, entre eles pessoas negras, quilombolas, LGBTQIA+, egressas do sistema prisional, migrantes, pessoas com deficiência, das regiões Norte e Nordeste do Brasil, entre outros grupos vulnerabilizados.
Para a bolsista Joyce Grasielle Fonseca, que atua na área de Ciências Sociais, a proposta de atender princípios da equidade é um passo para a construção de políticas públicas que, de fato, estejam alinhadas com a defesa a igualdade e o acesso de direitos que ainda hoje não são respeitados. “Isso faz com que esse cenário que ainda persiste na nossa sociedade comece a ser mudado”, avalia Joyce, ao destacar que o aprendizado no curso terá impacto positivo na sua rotina de trabalho.
“Pretendo aplicar nas minhas formas de fazer pesquisa. Nas Ciências Sociais, nós temos um método de análise completamente diferente, acredito que juntando com o PIE dará muito certo. As plataformas que nunca tinha ouvido falar vão me ajudar muito na construção de artigos e materiais com mais qualidade”, avalia.
Acessibilidade
Nesta edição do curso, estão sendo produzidos quatro vídeos acessíveis, que ficarão disponíveis no canal do Veredas no YouTube. Os vídeos introduzem as PIE de forma didática e possuem janela de libras, audiodescrição e legenda. O primeiro já está no ar, com Língua Brasileira de Sinais (Libras), audiodescrição, legendas e linguagem simples.
Coalizão Brasileira de Evidências
A Coalizão Brasileira pelas Evidências é uma rede internacional formada por mais de 40 instituições que facilita o uso de evidências na Ásia, na África, na América Latina e em outros lugares do mundo. A rede visa unir organizações que atuam nessa área em uma comunidade de compartilhamento de saberes, práticas e oportunidades, de modo a promover a cultura do uso ético de evidências no Brasil.
O curso recebe financiamento da Partnership for Evidence and Equity in Responsive Social Systems (PEERSS), rede internacional que facilita o uso de evidências por formuladores de políticas e atores-chave para esclarecer problemas e causas prioritárias de desenvolvimento, definir opções para abordá-los e identificar considerações de implementação na África, América Latina e Caribe e Ásia, contando também com parceiros no Canadá, Líbano e Reino Unido.
Coalizão Brasileira pelas Evidências debaterá criação de rede sustentável de evidências no mundo
A 12ª Reunião Ampliada da Coalizão Brasileira pelas Evidências reunirá painelistas de diferentes países para debater o tema “Criando e gerindo redes de evidências para crescimento sustentável”. O encontro será aberto ao público e virtual, pela plataforma Zoom, no dia 29 de agosto, de 11h às 13h (horário de Brasília, Brasil). Para quem participa pela primeira vez das reuniões ampliadas, é necessário fazer inscrição. O evento será em inglês com tradução simultânea para português.
A Coalizão Brasileira pelas Evidências é uma rede em construção, criada em 2021, contando com mais de 40 instituições que trabalham com o tema de intervenções sociais informadas por evidências. A rede visa unir organizações brasileiras que atuam nessa área em uma comunidade de compartilhamento de saberes, práticas, apoio e oportunidades. O Instituto Veredas é uma das organizações que integram o grupo.
Participarão do debate Andrea Baerti (Peru), da On Think Tanks; Inés Reineke (Argentina), da Red de Innovación Local; Siziwe Ngcwabe (África do Sul), da African Evidence Network (AEN); Soledad Quiroz-Valenzuela (Chile), da International Network for Governmental Science Advice (INGSA); com moderação de Mariana Cabral Schveitzer (Brasil), da Universidade Federal de São Paulo.
Saiba mais
A Coalizão tem financiamento-semente da Partnership for Evidence and Equity in Responsive Social Systems (PEERSS), rede internacional que facilita o uso de evidências por formuladores de políticas e atores-chave para esclarecer problemas e causas prioritárias de desenvolvimento, definir opções para abordá-los e identificar considerações de implementação na África, América Latina e Caribe e Ásia, contando também com parceiros no Canadá, Líbano e Reino Unido.
Serviço
O quê: 12ª Reunião Ampliada da Coalizão Brasileira pelas Evidências
Quando: 29 de agosto, de 11h às 13h (Horário de Brasília)
Veredas participa de oficina sobre uso de evidências nas regiões brasileiras
No dia 30 de maio, o Instituto Veredas participou da oficina colaborativa da Coalizão Brasileira pelas Evidências e do Hub Latinoamericano de Evidências sobre “Retratos regionais do uso de evidências em políticas públicas no Brasil”. O evento ocorreu online, reunindo diferentes organizações para compartilharem saberes e fortalecerem a área.
Além de organizações da sociedade civil, o encontro reuniu núcleos universitários e da gestão pública dedicados às políticas públicas informadas por evidências para mapear como diferentes regiões do Brasil têm adquirido, acessado, adaptado e aplicado o conhecimento científico na elaboração de políticas públicas, suas potencialidades e seus desafios.
Comissão Global de Evidências
No dia 31 de maio, aconteceu o Webinar: Como o relatório da Comissão Global de Evidências pode apoiar o Brasil no enfrentamento de desafios sociais? Evento que debateu os êxitos e vulnerabilidades sobre o uso de evidências de pesquisa a nível global, apontando caminhos para criar as capacidades, as oportunidades e a motivação para usá-las na resposta a desafios sociais, e colocar em prática as estruturas e processos para sustentá-las.
Representantes da Comissão (professor John Lavis – McMaster University), da gestão (Tamille Dias – EvEx/ENAP) e da academia (professor Ulysses Panisset – UFMG) debateram como o relatório pode apoiar o Brasil no enfrentamento de desafios sociais. Membros da Coalizão Brasileira pelas Evidências também participaram.
Saiba mais sobre a Coalizão Brasileira pelas Evidências
A Coalizão Brasileira pelas Evidências é uma rede que está em construção, contando com mais de 40 instituições que trabalham com o tema de intervenções sociais informadas por evidências. A rede visa unir organizações que atuam nessa área em uma comunidade de compartilhamento de saberes, práticas, apoio e oportunidades.
A Coalizão tem financiamento-semente da Partnership for Evidence and Equity in Responsive Social Systems (PEERSS), rede internacional que facilita o uso de evidências por formuladores de políticas e atores-chave para esclarecer problemas e causas prioritárias de desenvolvimento, definir opções para abordá-los e identificar considerações de implementação na África, América Latina e Caribe e Ásia, contando também com parceiros no Canadá, Líbano e Reino Unido.
Foto: Shutterstock
Coalizão Brasileira pelas Evidências e Veredas abrem inscrições para bolsistas em curso “Evidências para Equidade”
A Coalizão Brasileira pelas Evidências, em parceria com o Instituto Veredas e a Partnership for Evidence and Equity in Responsive Social Systems (PEERSS), torna público nesta segunda (23/05) o edital de seleção para o “Curso Introdutório sobre Tradução do Conhecimento e Políticas Informadas por Evidências (PIE) para Equidade: encontrar e usar evidências científicas para informar a tomada de decisão em intervenções sociais”. As inscrições são até 31 de maio.
O curso será totalmente virtual, com atividades síncronas e assíncronas ao longo de 14 semanas e busca aumentar o número de pessoas treinadas no campo das Políticas Informadas por Evidências que pertençam a grupos sociais historicamente excluídos e mais vulneráveis. As(Os) cursistas podem solicitar bolsa de estudos (apoio financeiro) para participar dos encontros.
Para concorrer a este edital, é necessário ser jovem, entre 20 a 29 anos; estar no último ano de graduação ou ter se formado entre 2019 e 2022; ter baixa renda ou ser proveniente de família de baixa renda; possuir nível básico de leitura em inglês. É desejável possuir conhecimento sobre pesquisa científica.
Serão oferecidas 60 vagas, distribuídas a partir da análise das respostas apresentadas na candidatura, buscando priorizar a diversidade entre as pessoas participantes, com destaque para os seguintes grupos: pessoas negras, quilombolas, indígenas e pertencentes a comunidades tradicionais, pessoas LGBTQIA+, pessoas egressas do sistema prisional e/ou socioeducativo, pessoas com deficiência, migrantes, pessoas das regiões Norte e Nordeste do Brasil, pertencente a movimento social ou organização da sociedade civil que trabalha com um dos grupos acima.
Para viabilizar a participação e permanência das pessoas inscritas, será oferecida bolsa de estudos, para quem indicar necessidade, no valor de R$500,00 (quinhentos reais) ou de R$250,00 (duzentos e cinquenta reais) por pessoa, a ser pago em parcela única após o início do curso.
Coalizão Brasileira pelas Evidências apresenta vídeo acessível em Libras para plataforma da EvipNet Brasil
A Coalizão Brasileira pelas Evidências, rede com mais de 40 instituições que trabalham com o tema de políticas e intervenções sociais informadas por evidências, apresentou na última sexta (12/11), um vídeo elaborado para a Rede para Políticas Informadas por Evidências (EvipNet), iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, dentro da programação da Semana de Inovação 2021. A ideia do material foi unir diferentes vozes que fazem parte da Coalizão para difundir o trabalho que tem sido desenvolvido.
A Coalizão objetiva unir organizações que atuam nessa área em uma comunidade de compartilhamento de saberes, práticas, apoio e oportunidades. É o que explica Cecilia Setti, pesquisadora do Instituto Veredas. “Esse é um espaço para trocarmos oportunidades de formação, levantar demandas e potencialidades para oferecermos apoio de a quem mais tem dificuldades sobre algum tema, congregando a prática das Evidências e trazendo outras áreas para além da Saúde”, disse.
A Coalizão tem financiamento-semente do International Development Research Centre (IDRC) e da Hewlett Foundation, no âmbito da Partnership for Evidence and Equity in Responsive Social Systems (PEERSS), parceria internacional que facilita o uso de evidências por formuladores de políticas e atores-chave para esclarecer problemas e causas prioritárias de desenvolvimento, definir opções para abordá-los e identificar considerações de implementação na África, América Latina e Caribe e Ásia, contando também com parceiros no Líbano e Reino Unido.
A iniciativa de disponibilizar o vídeo também em Língua Brasileira de Sinais (Libras) tem o objetivo de atender minimamente os princípios da acessibilidade e difundir o conhecimento sobre as Políticas Informadas por Evidências a novos públicos. O Grupo de Trabalho de Comunicação da Coalizão deve avançar no debate da acessibilidade em 2022.
O vídeo da Coalizão vai ficar disponível nas redes sociais e também na vitrine do conhecimento da EvipNet, que selecionou mais 11 vídeos com experiências positivas em Políticas Informadas por Evidências.
Coalizão Brasileira pelas Evidências disponibiliza online curso introdutório sobre Políticas Informadas por Evidências
A Coalizão Brasileira pelas Evidências disponibiliza nesta segunda (18/10), o Curso Introdutório sobre Tradução do conhecimento e Políticas Informadas por Evidências (PIE): encontrar e usar evidências científicas para informar a tomada de decisão em intervenções sociais. O material formativo contou com financiamento da Partnership for Evidence and Equity in Responsive Social Systems (PEERSS).
Ao todo, foram disponibilizadas cinco aulas online sobre o tema, além do material de apoio utilizado para um curso oferecido pela Coalizão entre setembro e outubro de 2021. Todo o material pode ser acessado gratuitamente em www.veredas.org/cursopie. As aulas apresentam conceitos introdutórios sobre Tradução do Conhecimento e Políticas Informadas por Evidências, áreas fundamentais para a gestão pública, academia e sociedade civil organizada. O material de apoio ao curso está disponível para que outros atores possam adaptar e replicar esta iniciativa.
A PEERSS é uma rede internacional que facilita o uso de evidências por formuladores de políticas e atores-chave para esclarecer problemas e causas prioritárias de desenvolvimento, definir opções para abordá-los e identificar considerações de implementação na África, América Latina e Caribe e Ásia, contando também com parceiros no Canadá, Líbano e Reino Unido.
Saiba mais
A Coalizão Brasileira pelas Evidências é uma rede que está em construção, contando com mais de 40 instituições que trabalham com o tema de intervenções sociais informadas por evidências. A rede visa unir organizações que atuam nessa área em uma comunidade de compartilhamento de saberes, práticas, apoio e oportunidades.
Enap oferece assessoria gratuita para avaliação de políticas públicas. Inscrições até 3/10
Instituições públicas das três esferas de governo podem concorrer à Janela Avaliação, uma oportunidade de ter acesso, de forma 100% gratuita, ao serviço de assessoria para avaliação de políticas públicas fornecido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap). As inscrições já estão abertas e terminam no dia 3 de outubro. Serão oferecidas até quatro possibilidades de apoio integral: duas para análise anterior ou posterior à implementação da iniciativa (ex ante ou ex post) e duas para análise de impacto regulatório (edição, alteração ou revogação de atos normativos).
Podem participar quaisquer órgãos e entidades da administração pública direta ou indireta. As propostas serão avaliadas com base em critérios como pertinência da demanda e aderência à metodologia, maturidade e complexidade da política pública, potencial de geração de valor para a sociedade e compromisso da instituição proponente e disponibilidade da equipe. As iniciativas pré-selecionadas serão divulgadas até 8 de outubro. As equipes proponentes serão então chamadas para entrevistas para apresentarem suas propostas de 11 a 15 de outubro. A divulgação das iniciativas selecionadas deverá acontecer em 15 de outubro.
“O objetivo é gerar insumos para decisões orientadas por critérios técnicos e baseados em evidências”, explica Diana Coutinho, Diretora de Altos Estudos da Enap. Segundo ela, a avaliação de políticas públicas é um componente essencial da gestão pública que gera informações sistemáticas para “planejar, desenhar, implementar, monitorar e promover a aprendizagem sobre políticas, programas ou projetos públicos”.
Em seu formato original, a Assessoria para Avaliação ocorre sob demanda e se inicia com um primeiro contato entre o órgão solicitante e a equipe da Enap. Com base no debate do caso, a equipe da Escola elabora um plano de trabalho, que é colocado em prática por meio de oficinas virtuais, conduzidas por assessores especialistas em avaliação. A contratação dos profissionais que conduzem o processo fica a cargo da Escola e acontece por meio de repasse de recursos do órgão contratante.
No caso da chamada Janelas Avaliação, não envolverá custos e/ou repasses financeiros para as instituições. O processo de avaliação dura de quatro a seis meses, com dedicação média de quatro horas por semana, considerando atividades síncronas e assíncronas. Nesta edição 2021, o processo de avaliação acontecerá entre novembro de 2021 e abril de 2022, a depender dos casos concretos (com intervalo entre meados de dezembro e meados de janeiro de 2022).
No portfólio de projetos, o serviço já contabiliza atendimentos a instituições como a Secretaria-Geral da Presidência da República, Ministério da Economia, Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e Ministério do Desenvolvimento Regional. Também estão sendo apoiados os ciclos avaliativos do Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (Cmap). No caso do Cmap, por exemplo, a Enap apoia a elaboração do relatório de avaliação que é apresentado ao Comitê Interministerial de Governança (CIG), que analisa, aprova as recomendações e encaminha ao Congresso.
Fonte: Enap
Veredas e parceiros criam Coalizão Brasileira pelas Evidências para aprimorar políticas no país
Cerca de 40 instituições brasileiras que atuam na área das Políticas Informadas por Evidências (PIE) estiveram reunidas virtualmente na última quinta (08/04), na primeira reunião da Coalizão Brasileira pelas Evidências. O projeto é articulado pelo Instituto Veredas, Companhia de Planejamento do DF (Codeplan/DF), Evidências Express (Evex/Enap), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília e pela plataforma Evipnet Brasil. A ideia é unir as instituições para que uma rede de compartilhamento de saberes e práticas seja construída, fortalecendo a cultura do uso de evidências para políticas públicas e intervenções sociais.
A iniciativa é pioneira no Brasil, assemelhando-se a outras redes na área pelo mundo. Um primeiro mapeamento das organizações circulou em novembro de 2020, reunindo respostas de diferentes setores. O projeto tem “financiamento-semente”, como intitula a coalizão, do International Development Research Centre (IDRC), entidade vinculada ao governo canadense.
“Ao longo de 2021, vamos realizar webinários, chamadas públicas e criar uma plataforma para que tenhamos um grande repositório público que seja uma vitrine sobre evidências para gestores públicos, sociedade civil e pesquisadores”, explicou Laura Boeira, diretora do Veredas. Segundo ela, a sobreposição de esforços e a dificuldade em compartilhar diferentes métodos de Políticas Informadas por Evidências (PIE) podem isolar organizações que poderiam ter maior impacto se trabalhassem juntas. “Compartilhando nossos saberes, vamos fortalecer a cultura de evidências”, disse.
Troca de experiências
Durante a reunião, as instituições foram divididas em subgrupos para que apresentassem seus trabalhos e alinhassem entendimentos e desafios para a rede. Vahíd Shaikhzadeh Vahdat, diretor de projetos e articulação institucional do Veredas, após o debate em um dos grupos, afirmou que “a validade e a confiabilidade das evidências depende dos métodos usados. Precisamos acompanhar [as PIE] com olhar específico para cada lugar e contexto”. O diretor também afirmou que a CBE pretende fomentar um espaço de trocas de experiências que permitam o entendimento comum sobre métodos e protocolos da área.
Luciano Máximo, representante do Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados para o Brasil e a África Lusófona (FGV Clear), acredita que os próximos passos da CBE são uma janela de oportunidade para “sensibilizar lideranças na esfera governamental para obtermos mais espaço na área”. O próximo encontro deve ocorrer em maio, definindo um cronograma de atuação da rede, que almeja tornar-se uma referência nacional sobre o tema.
